terça-feira, 29 de novembro de 2016

Você acha que tem dedo podre para escolher parceiros (as)?

NÃO, VOCÊ NÃO TEM DEDO PODRE! PODRE É O SEU SISTEMA DE CRENÇAS!

Sistema de crenças  é  tudo aquilo que nós aprendemos como verdade ao longo da nossa vida e principalmente na infância. É justamente quando nós começamos a formar a nossa personalidade,  o que a maioria das vezes é aprendida. Os fatores que contribuem para a formação da nossa personalidade são: a maneira pela qual somos tratados pela nossa família, as experiências que tivemos, os conhecimentos e habilidades que adquirimos, os valores e crenças da família na qual nós nascemos e  os valores da cultura na qual somos inseridos. Esses são basicamente os fatores que contribuem para a formação da nossa personalidade, o que faz que pensemos da maneira que pensamos, agimos da maneira que agimos e falamos o que acreditamos como verdade! Mesmo  se nós não sabemos da causa e  mesmo se nós não gostamos da maneira pela qual agimos e sentimos é assim  que funcionamos.


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Ao longo da minha prática como psicóloga venho observando um fato muito comum que acaba
determinando  o tipo de pessoas que nós atraímos para a nossa vida. Normalmente é um parceiro(a), mas muitas vezes é alguém que nos oferece uma situação onde nós  sentimos repetidamente o mesmo sentimento que experimentamos na infância (aquele que ficou gravado mais fortemente)! Nós crescemos e ficamos mais velhos, mas  a nossa emoção não tem idade. Ela é a mesma aos 3 anos, aos 40, aos 70 anos. Muitos de nós somos imaturos emocionalmente! Vocês já viram algum adulto fazer birra? Pois é, ele não cresceu emocionalmente. Eu costumo dizer que quando a pessoa se casa, ela vai dar continuidade ao seu céu ou ao seu inferno! 

Quero que vocês  prestem atenção no que vou dizer e em seguida façam uma análise  no seu (sua) parceiro(a) e nos parceiros das pessoas que vocês conhecem para confirmarem as informações que eu vou passar pra vocês.
Enquanto os pais estão se relacionando, ele estão mandando uma mensagem inconsciente para os filhos. (Estou falando dos pais, mas pode ser avós, tios, padrasto, madrasta, vizinha, isto é, o ambiente no qual a criança frequenta mais assiduamente). É como se eles dissessem: "Olha filhos, relacionamento entre um homem e uma mulher é assim." Se for um relacionamento harmonioso, a criança vai aprender como agir harmoniosamente. Se for um relacionamento desarmônico com brigas e discussões frequentes, a criança vai aprender também! 
Lembrem-se de que uma criança aprende tudo com muita rapidez e muito mais do que nós.

Todos nós temos um  protótipo  feminino e masculino dentro de nós, quer dizer, nós temos um perfil de homem e um perfil de mulher dentro de nós, que acaba nos servindo como bússola para no futuro atrairmos  o nosso(a)  parceiro(a). Através do comportamento da mãe, a menina  aprende como ser mulher. É como se a mãe dissesse pra filha: "Olha filha, ser mulher é ser do jeito que eu sou. pensar o que eu penso e fazer o que eu faço." Através do comportamento do pai, o menino aprende como ser homem. É como se ele dissesse pro filho: "Olha filho, ser homem é ser como eu sou, pensar o que eu penso e fazer o que faço."

Os filhos absorvem as características da personalidade  tanto do pai , quanto da mãe. Mas, quando alguém diz que o filho é igual ao pai ou a mãe é porque ele absorveu mais as característica de um do que do outro. Na verdade, a criança tem os dois modelos  inconscientemente gravados na sua mente.  Importante ressaltar que há casos onde  a criança tem pai, tem mãe, mas se identifica com outra pessoa devido á afinidade ou admiração. Há casos e casos. Cada um tem que ser analisado cuidadosamente. Mas, geralmente, acontece assim.

Quando a criança cresce, ela vai automaticamente atrair uma pessoa que vai  ter muitas características do pai ou da mãe para repetir o modelo de relacionamento que ela aprendeu como verdadeiro. E como isso acontece?  Se a menina  tem mais afinidade com a mãe, quando ela crescer, automaticamente  vai atrair um homem  cuja personalidade é muito parecido com a do seu pai. Se o menino tem mais afinidade com a mãe, quando ele crescer, vai atrair uma mulher cujo comportamento é muito parecido com o do seu pai. Pra quê? Pra repetir o modelo de relacionamento aprendido como verdadeiro na infância. Se a menina  tem mais afinidade com o pai, automaticamente quando crescer,  ela vai atrair um homem que tenha mais as características da personalidade da sua mãe. Mas, não é só a afinidade que define os tipos de parceiros que eles vão atrair na vida adulta. Quando existe uma rejeição ou aversão  dos filhos por um dos pais, esse fato, também é determinante para as escolhas futuras de um parceiro. Funciona do mesmo jeito. Existem muitos filhos que criticam e rejeitam violentamente o jeito do pai ou da mãe, mas isso não é o suficiente para que eles não repitam  o mesmo  processo.

É claro, que  entram outras variáveis, tipo, o sentimento que era muito frequente quando éramos crianças. Ele continua, pois atraimos alguém que  nos faz sentirmos o mesmo sentimento sempre. Mas, e quem não teve pais? Nem tios? Nem avós?Nem vizinhos? Quem foi criado só pela mãe? Ou só pelo pai? Ou foi criado num orfanato? Ou foi criado na rua? O  fato é, seja quem for que conviver com a  criança durante a sua infância vai exercer uma influência poderosíssima na formação da personalidade dela. Existem outros fatores que poderemos abordar numa outra publicação.

Então, quando as pessoas dizem que tem dedo podre para escolherem parceiros isso não é responsabilidade delas. Não é o dedo que está podre e sim, o  sistema de crenças delas que está internalizado inconscientemente e negativamente. Vocês  conhecem pessoas que terminam relacionamentos  e se separam dos parceiros e logo, depois, atraem  outros que  fazem as mesmas coisas com elas? Pois é, será assim indefinidamente, enquanto elas não mudarem o  sistema de crenças sobre elas mesmas. E existem muitos casais que, não precisaram se separar, apenas criaram o seu próprio modelo de relacionamento e estão juntos e mais felizes.